top of page

Personalidade do Mês: Frida Kahlo

  • Isabela Bento
  • 19 de mai. de 2017
  • 3 min de leitura

Biografia:

Frida Kahlo nasceu no México, em 6 de julho de 1907 e faleceu em 13 de julho de 1954. Em seus 47 anos de vida, foi pintora e militante do partido comunista mexicano. Sofreu muito e foi na pintura que encontrou o refúgio para sua história tão amarga.

Aos 18 anos passou por um acidente que lhe resultou no rompimento da sua coluna em três lugares, além de vários ossos fraturados e hemorragia. Frida ficou meses entre a vida e a morte no hospital, passando por diversas cirurgias para reconstruir seu corpo. Além disso, passou muito tempo de cama em casa, engessada, com mobilidade inexistente/limitada. Embora seu pai fosse pintor, foi só nesse momento em que Frida começou a pintar (usando as tintas do pai e um cavalete adaptado à cama que ganhou dele).

Aos 22 anos, conheceu Diego Rivera, um muralista, com quem se casou e teve um casamento de 25 anos, tumultuado pelas personalidades fortes dos dois e principalmente pelo comportamento infiel e abusivo de Rivera (que a traía com sua irmã mais nova e outras mulheres). Frida também sofreu com abortos devido às sequelas de seu acidente. Essas dores, principalmente as da alma, são temas constantes nas pinturas de Frida. Seus quadros, embora surrealistas, contam muito da sua realidade e representam todo o sofrimento pelo qual passou.

Algumas Obras:

Suas obras tiveram grande reconhecimento internacional ainda quando a artista estava viva. É uma das pintoras mais prestigiadas do mercado internacional de arte. A artista fazia nas telas autorretratos, cheios de signos e símbolos, que revelavam momentos da sua vida e sentimentos da sua alma.

“Eu pinto-me porque sou o assunto que conheço melhor” – Frida Kahlo

Frida Khalo, Símblo Feminista:

Frida não pintava sobre o feminismo em si. Durante muito tempo desempenhou o tradicional papel da mulher submissa, casada e do lar, vivendo à sombra do marido, sem dedicar-se à carreira como pintora talentosa que era. Aguentou as traições de Rivera, divorciando-se mas voltando a casar-se com ele.

Exótica e excêntrica, Frida Kalho quebrou tabus contrariando a expectativa da família, da sua mãe, especificamente, casando com Diego, um homem de ideal político, religião e estética diferentes do esperado por essa.

Aliás, desde nova Frida gostava de quebrar tabus em uma fotografia dela com a família pode-se perceber sua genialidade forte, ela apareceu vestindo um traje masculino para fotografar e manteve uma postura completamente diferente das que as mulheres assumiam na época.

Não se importava com padrões estéticos:

Frida Kahlo é extremamente conhecida por sua “monocelha” e por seus pelos salientes no buço. Além disso, ela não tinha o corpo saudável e idealizado pela sociedade na época. Ela não se encaixava nos padrões estéticos, sabia disso e não fazia questão alguma de se encaixar.

Frida nasceu com bastante pelos e sofria na escola com as brincadeiras dos coleguinhas por causa de suas sobrancelhas e buço. Ela pedia à mãe, desde muito novinha, para se depilar. A mãe, ao invés de simplesmente incutir na filha a obrigação e o peso do padrão estético que nos é imposto desde muito novas, apresentou a ela Frida Kahlo, suas sobrancelhas e seu trabalho incrível.

Resultado: a menina passou a se inspirar na artista e a se autoafirmar e se valorizar com a identificação que teve com a pintora. Representatividade importa! E Frida foi inspiradora e crucial na vida dessa criança. Não é lindo esse empoderamento?

Destacou-se no meio artístico como reconhecida pintora:

Ainda enfrentamos extrema dificuldade em nos destacarmos no mercado profissional, devido à desigualdade com que os gêneros são tratados. Homens recebem mais do uma mulher no mesmo cargo e com a mesma qualificação. Agora, imagine na época de Frida!

Ainda assim, a artista conquistou o seu espaço e destacou-se em seu meio, em que o trabalho de homens era mais valorizado e, naturalmente, prevalecia. Muito da visibilidade das obras de Frida foi reflexo do esforço/apoio das feministas da segunda onda feminista (entre os anos de 60 e 70) em divulgar seu trabalho.

O interessante é que, mesmo sendo reconhecida e renomada pintora, Frida não alcançou uma representatividade tão grande comparando aos homens. E esse nada mais é do que um reflexo do machismo também no mundo das artes.

FONTE DA PESQUISA: http://nopapodasgurias.com/frida-kahlo-biografia-obras-e-feminismo/

 
 
 

Comments


Siga-nos
  • Facebook Basic Black
Posts Recentes

Faça Parte de Nossa Lista de E-mail

Nunca Perca uma Atualização

© 2023 by Glorify. Proudly created with Wix.com

bottom of page